Posse de Juscelino Kubitschek, um dos mais importantes presidentes do período da República Populista.
Os últimos anos da Era Vargas foram marcados pela aliança de Getúlio com diversos grupos políticos da época. Além de ter patrocinado o Partido Social Democrático (PSD), representante dos interesses das oligarquias, e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), formado por sindicalistas, Vargas também eliminou a ilegalidade do Partido Comunista Brasileiro (PCB), ganhando a simpatia dos socialistas. Essa política de alianças gerou preocupações nos militares, que, com medo de que o presidente boicotasse as eleições de 1945, aplicaram um golpe. Era o início da República Populista (1945-1964).
Gaspar Dutra
Um dos líderes do movimento que depôs Vargas, general Gaspar Dutra, foi eleito e assumiu o governo em 1946. Uma nova Constituição foi elaborada, restabelecendo novamente os direitos individuais, o voto secreto e a divisão dos três poderes. O governo Dutra foi marcado pelo fim da 2ª Guerra Mundial e o início da Guerra Fria. Sendo assim, o Brasil acabou se posicionando a favor dos Estados Unidos, cortando relações com a União Soviética e tornando novamente ilegal o PCB (Partido Comunista Brasileiro).
Além de reduzir os salários, Gaspar Dutra criou o plano SALTE (Saúde, Alimentação, Transporte e Energia), o qual direcionava os investimentos para essas quatro áreas. Contudo, o projeto logo foi abandonado. O governo de Dutra terminou ao final de seu mandato, em 1951.
Fim da Era Vargas

Com uma campanha de forte apelo popular, Getúlio Vargas conseguiu novamente assumir a presidência, desta vez por meio do voto direto. O mesmo teve que administrar duas forças políticas: os nacionalistas e os liberalistas. Vargas acabou seguindo os ideais nacionalistas, entrando em conflito com as elites da época, que o acusavam de levar o Brasil para o lado da esquerda.
Governo JK

Em 1955, Juscelino Kubitschek foi eleito presidente. Seu mandato foi marcado pelo intenso investimento em infraestrutura e na modernização da indústria. Kubitschek fundou Brasília, a nova capital do Brasil, baseado na localização estratégica que a cidade estaria e na ideia de gerar desenvolvimento no interior do país.
Governo Jânio Quadros

Jânio Quadros assumiu a presidência em 1961, apresentando um governo marcado por contradições. Embora tenha adotado medidas curiosas, como a proibição da briga de galo ou do uso de biquínis em concursos de beleza, por exemplo, Jânio se aproximou dos comunistas, fato que gerou uma grande preocupação na sociedade. Quadros acabou renunciando no mesmo ano de sua posse.
Governo João Goulart
O último presidente da República Populista foi João Goulart, o qual governou até 1964. Como Goulart era vice-presidente de Jânio Quadros, os militares o viam com olhares desconfiados, temendo sua inclinação para o comunismo. Durante seu mandato foi realizado um plebiscito para a escolha da forma de governo. A população optou pela manutenção do presidencialismo. Em razão de suas propostas de distribuição de renda, que desagradavam às elites, os militares, com o apoio estratégico dos Estados Unidos, realizaram um golpe que depôs o presidente. João Goulart foi exilado no Uruguai. Tal golpe marcou o início da Ditadura Militar no Brasil.
Saiba mais: Era Vargas – Guerra Fria – Ditadura Militar
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