O Governo João Goulart foi um período marcado por grandes instabilidades.
Natural de São Borja, Rio Grande do Sul, João Belchior Marques Goulart foi eleito vice-presidente em 1960. Após a renúncia do então presidente, Jânio Quadros, João Goulart deveria assumir a presidência conforme previa a Constituição, entretanto, sua trajetória política e aproximação ao bloco socialista geraram desconfiança e levaram grupos conservadores oposicionistas e membros das Forças Armadas a tentar impedir sua posse.
Aproveitando que Goulart estava em uma viagem oficial à China, enviaram uma carta ao Congresso Nacional pedindo a extensão do mandato provisório do presidente da Câmara, Ranieiri Mazzilli, e a realização de novas eleições. Entretanto, as forças políticas que defendiam a posse de Jango, como ficou conhecido o presidente, articularam um grande movimento que acabou se alastrando por todo o país, a chamada “Campanha da Legalidade”.
A forma que o Congresso Nacional viu para resolver esta crise institucional foi permitir a posse de Goulart e, ao mesmo tempo, aprovar arbitrariamente o regime parlamentarista, o que limitava grandemente as ações do presidente. De fato, o Parlamentarismo durou apenas 2 anos. Logo em 1963, Jango convocou um plebiscito para a população decidir qual sistema de governo deveria vigorar na nação brasileira, o que resultou na volta do Presidencialismo.
Na área econômica, o governo João Goulart estabeleceu uma política voltada para o combate à inflação e a redução das despesas públicas. Entretanto, suas ações foram marcadas por contradições, já que reajustes ao funcionalismo, aumentos substanciais do salário mínimo e até mesmo a aprovação do 13° salário não eram compatíveis com a política de austeridade pregada pelo governo João Goulart.
Estas medidas podem ser entendidas como uma tentativa de manter o apoio dos movimentos sindicais e populares em um contexto de agravamento da instabilidade política e da polarização das correntes de pensamento de direita e esquerda no país. João Goulart realizava grandes comícios, prometendo profundas mudanças que seriam capazes de gerar a distribuição de renda, as chamadas Reformas de Base. Estas propostas inflamaram as tensões políticas.
Os grupos conservadores, formados pela burguesia industrial e a elite agrária, a classe média, setores ligados à Igreja e as Forças Armadas temiam a instalação de um regime comunista no Brasil, resultando na criação de um forte movimento de oposição a Goulart. Seu ápice foi a “Marcha da Família com Deus e pela Liberdade”, uma série de grandes manifestações públicas contra o governo João Goulart.
Nesse momento, ao mesmo tempo em que a situação política estava insustentável, as Forças Armadas, com o apoio estratégico dos Estados Unidos, já planejavam um golpe de Estado. Em 31 de março de 1964 os militares assumiram o poder, iniciando um regime autoritário que duraria vários anos.
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Os militares assumiram em 1° de abril
Não houve regime totalitário.. pois os presidentes mlilitares eram eleitos diretos pelo Congresso.. e na época o congresso não fechou.. se fosse Totalitário, não existiriam criação de ministérios que beneficiou a população em geral… na verdade os militares tem a principal função, manter a ordem e a conservação das instituições brasileiraas,…. não houve golpe.,, Aqui se vê muita má informação e as vezes tendenciosas… não houve golpe militar e sim, intervenção militar que é uma garantia pautada na constituição da época… e as eleições continuavam na época, mas de forma eleitiva pelo congresso, o mesmo congresso que pediu as forças… Read more »