Pau-Brasil


Mapa Terra Brasilis, 1519, representando o pau-brasil ao longo da costa da Mata Atlântica.

O pau-brasil é uma espécie nativa da região da Mata Atlântica. Também conhecida como ibirapitanga, como os índios a chamavam, a árvore pode atingir até 40 metros de altura. De sua madeira se obtém uma resina denominada brasileína, um corante avermelhado que por muitos anos foi amplamente usado pelos europeus na fabricação de tecidos de luxo.

De fato, a extração do pau-brasil foi a primeira atividade econômica empreendida pelos colonizadores portugueses no Brasil. Naquela época, a madeira avermelhada do pau-brasil era um dos produtos de maior procura na Europa e, para a sorte de Portugal, nas terras brasileiras havia mais de 70 milhões de árvores daquela espécie.

A Coroa Portuguesa logo elaborou uma política de exploração de toda essa riqueza. Tal sistema baseou-se na concessão do direito de exploração da madeira a particulares, em troca de taxas e uma série de outras condições, como a edificação de fortalezas e o envio de embarcações à nova terra.

Muitos destes particulares, detentores do direito de exploração concedido pela Coroa, usavam índios como força de trabalho. Para convencê-los, ofereciam pequenas mercadorias e objetos, como espelhos, ferramentas e colares, objetos comuns na Europa, mas que chamavam a atenção e despertavam a curiosidade dos nativos. Tal prática ficou conhecida como escambo.

Os principais rivais dos portugueses no contexto da exploração do pau-brasil foram os franceses, que contrabandeavam a madeira com frequência. Portugal fez diversas tentativas de expedições “guarda-costas”, porém a maioria delas não obteve sucesso, haja vista a grande extensão do litoral brasileiro.

Por volta de 1530 a madeira brasileira já não mais conseguia atender à demanda europeia. Mesmo assim, tal comércio durou até o século XIX.

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