Marechal Deodoro da Fonseca, o primeiro presidente após a Proclamação da República.
Antes de se tornar República, o Brasil era um Império. Em outras palavras, éramos independentes de Portugal, no entanto todas as decisões políticas eram tomadas de forma unilateral pelo imperador, D. Pedro II. De fato, a monarquia começou a se enfraquecer a partir do fim do século XIX, período em que o Brasil passava por uma série de mudanças sociais e econômicas.
Com o fim da escravidão, o Império perdeu o importante apoio dos escravocratas, uma vez que os republicanos (aqueles que queriam acabar com a monarquia) compartilhavam os mesmos ideais dos abolicionistas. D. Pedro II também perdeu o fundamental apoio da Igreja ao passar a interferir em assuntos religiosos.
Ao mesmo tempo, os militares estavam descontentes pela autoritária atitude do imperador em proibi-los de se expressarem publicamente. Por fim, a classe média (jornalistas, médicos, comerciantes), grupo social em plena expansão na época, desejava conquistar um espaço maior nas decisões políticas do país. Todos estes fatores foram fundamentais para o fim das bases de sustentação da monarquia no Brasil.
Em 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca declarou a proclamação da República e o fim do período imperial e naquele mesmo dia um governo provisório foi formado. Desta forma, o militar acabou se consagrando como o primeiro presidente da história do Brasil. Ciente de que não conseguiria de forma alguma reverter tal situação, D. Pedro II apenas aceitou a vontade do povo e retornou a Portugal.