Getúlio Vargas e as tropas aliadas após a Revolução de 1930.
Nas primeiras décadas do século XX, vemos o crescimento dos centros urbanos brasileiro, os primeiros passos do processo de industrialização do país e o fortalecimento do operariado. Embora tais aspectos não tenham sido capazes de acabar com a hegemonia política das oligarquias durante os primeiros anos da República, foram importantes para o surgimento de novos grupos sociais que mais tarde reivindicariam maiores participações nas decisões políticas.
De fato, o fim da supremacia das oligarquias rurais no Brasil se iniciou com a Crise de 1929, a qual foi capaz de derrubar o preço do café brasileiro e obrigar, de certa forma, o presidente paulista Washington Luís a romper com a política café-com-leite. Como São Paulo era o maior produtor de café e, em tese, seria a principal vítima da crise, Washington Luís, ao invés de indicar um político mineiro, indicou outro paulista: Júlio Prestes.
A quebra do acordo de revezamento entre mineiros e paulistas à presidência do Brasil trouxe grandes mudanças para a dinâmica política vigente. Minas Gerais acabou se aliando aos Estados do Rio Grande do Sul e da Paraíba, criando a chamada Aliança Liberal e lançando o gaúcho Getúlio Dornelles Vargas na disputa presidencial.
Embora os oponentes ao candidato de São Paulo e, consequentemente, à manutenção do domínio das oligarquias tenham perdido a eleição, havia claros indícios de irregularidades e fraudes por parte dos paulistas.
Além disso, o assassinato de João Pessoa, candidato à vice-presidência na chapa de Getúlio Vargas, abriu caminho para o início de uma revolta que se alastrou por todo o país: a Revolução de 1930. Com o apoio dos militares, da classe média urbana e de outros novos grupos sociais ascendentes, a Aliança Liberal conseguiu desfazer a eleição de Júlio Prestes e finalmente colocar Getúlio no poder, iniciando assim, a Era Vargas.
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