Representação da Revolta de Felipe dos Santos.
A descoberta de regiões abundantes em ouro no centro-sul do Brasil levou a Coroa portuguesa a buscar o maior lucro possível com a exploração da atividade mineradora, criando impostos extremamente altos e tomando drásticas medidas que pretendiam reduzir ao máximo o contrabando.
O principal imposto vigente era o “quinto”, nada mais do que a quinta parte de todo o ouro extraído das terras brasileiras. Além disso, quem fosse pego contrabandeando o precioso minério era condenado à prisão ou submetido a punições até mais severas.
De fato, a insatisfação da população em relação à política tributária da Coroa era muito grande, aspecto que criava um clima de hostilidade e levava as tropas portuguesas a adotarem posturas de controle bastante agressivas. Além do povo, comerciários e ricos donos de minas também não concordavam com a taxação excessiva da metrópole.
Foi assim que, em 1720, o rico fazendeiro Felipe dos Santos Freire liderou boa parte da população de Vila Rica na luta contra a fiscalização excessiva de Portugal. Entre outras medidas, os revoltosos queriam o fim das Casas de Fundição.
A revolta de Felipe dos Santos ganhou peso quando os mesmos praticamente tomaram a cidade de Vila Rica. Logo, o governador da região, Conde de Assumar, tentou negociar e prometeu respostas às suas indignações. No entanto, na verdade suas intenções apenas eram a de ganhar tempo para que suas tropas pudessem se organizar e invadir a cidade, acabando com o movimento. Após o controle da situação, Felipe dos Santos foi condenado à morte.
Uma das principais consequências desta revolta foi a criação da capitania de Minas Gerais, uma vez que a Coroa viu a necessidade de um maior controle administrativo sobre toda a região.
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