Guerras Médicas

Guerras MédicasAs Guerras Médicas resultaram na consolidação da hegemonia de Atenas.

As Guerras Médicas foram um conjunto de conflitos entre gregos e persas durante o século V a.C pelo controle da região da Jônia, na Ásia Menor, localidade de grande importância para o comércio marítimo da época.

Embora inicialmente tivessem certa independência e vivessem de uma forma relativamente pacífica com os persas, as cidades jônicas passaram a ter que pagar tributos ao rei Ciro II, em 546 a.C. Além disso, seu sucessor Dario I passou a apoiar os fenícios, tradicionais rivais comerciais dos jônios, e conquistou regiões que eram essenciais ao exercício do comércio marítimo grego. Todos esses fatores resultaram em um sentimento generalizado de revolta contra a opressão persa.

Mileto, uma das mais importantes colônias gregas, deu o pontapé inicial do conflito ao avançar sobre as cidades persas de Sardes e Bizâncio com o auxílio de Atenas e Erétria. Tal episódio gerou a fúria de Dario I, que organizou uma grande invasão à Grécia Continental em 490 a.C: era a Primeira Guerra Médica.

Com um exército de mais de 50 mil soldados, os persas conseguiram obter importantes vitórias, embora futuramente sairiam derrotados na Batalha de Maratona. Com um efetivo de apenas 10 mil homens, os atenienses, sob a liderança de Milcíades, foram capazes de impedir a invasão persa no exato momento em que estes desembarcaram nas planícies gregas.

A Segunda Guerra Médica ocorreu dez anos depois, em 480 a.C. Sob a liderança de Xerxes, filho de Dario I, o poderoso exército persa avançou e alcançou êxito na famosa Batalha das Termópilas, conflito onde o rei espartano Leônidas e seu pequeno grupo de soldados tentaram resistir bravamente ao numeroso exército de Xerxes. Embora obviamente os espartanos tenham perdido a batalha, tal resistência serviu para que o restante das forças gregas pudesse evacuar Atenas e montar uma nova estratégia de defesa. Atraídos para o canal de Salamina, os persas acabaram sendo derrotados pelos gregos, mesmo dispondo de uma força bélica superior. A vitória da Grécia foi sacramentada após os triunfos nas Batalhas de Plateias e Mícale em 479 a.C.

Após todas estas glórias, Atenas liderou a criação da Confederação de Delos, uma espécie de liga militar entre várias cidades-estado gregas que visava a defesa mútua no caso de eventuais futuros conflitos. De fato, as principais consequências das Guerras Médicas foram a consolidação da hegemonia de Atenas e o crescimento de sua rivalidade com Esparta, além do início da decadência do império persa.

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