A Guerra das Rosas foi um conflito entre a família Lancaster (rosa vermelha) e York (rosa branca).
A Guerra das Rosas foi uma série de conflitos pelo trono inglês envolvendo duas grandes famílias rivais: os York, representados por uma rosa branca, e os Lancaster, os quais tinham como símbolo uma rosa vermelha. Tais disputas duraram cerca de 30 anos (entre 1455 e 1485) e foram importantes na formação da monarquia nacional inglesa, além de terem enfraquecido ainda mais o sistema feudal e fortalecido a burguesia.
Os confrontos surgiram a partir da morte do rei Eduardo III e a coroação de Henrique VI, da família Lancaster, ao poder. Embora insatisfeitos com a falta de habilidade política e militar do novo rei, os York acabaram permitindo tal sucessão, já que diante das enormes dificuldades que a Inglaterra passava nos últimos anos da Guerra dos Cem Anos, era de se esperar que Henrique VI não viveria por muito tempo.
No entanto, o questionável rei acabou concebendo um herdeiro, aspecto que levou Ricardo de York a mudar de estratégia. Apoiado pela maioria dos nobres, o representante dos York exigiu a renúncia de Henrique VI e entrou em confronto com as tropas reais em 1455, na batalha de Saint Albans. Embora os York tenham vencido tal confronto, acabaram sendo vencidos quatro anos mais tarde, em 1459, na Batalha de Ludford Bridge.
Apenas um ano depois, em 1460, os York novamente reuniram forças para vencer os Lancaster na Batalha de Northampton e Ricardo de York foi inclusive designado como o novo rei pelo Parlamento. Entretanto, este acabou sendo assassinado na Batalha de Wakefield, quando perseguia os últimos homens das antigas tropas reais. De qualquer forma, os planos da família York se mantiveram firmes.
Com a ajuda do Barão de Wareick, Eduardo IV, filho de Ricardo, foi aclamado rei em 1461. Nesse mesmo anos os Lancaster sofreram uma de suas maiores derrotas na Batalha de Towton, a qual levou Henrique VI a fugir para a Escócia. No entanto, intrigas políticas levaram ao enfraquecimento de Eduardo IV, aspecto que fez com que os Lancaster tenham recuperado o trono em 1469.
As alianças políticas durante toda a Guerra das Rosas eram extremamente instáveis, de forma que em 1471 Eduardo IV novamente conseguiu apoio de setores da nobreza para retomar o poder após a Batalha de Barnet e ordenar a execução dos membros da família Lancaster. Tal ação cessou bruscamente todo aquele jogo de poder, de forma que tais intrigas voltaram bem mais tarde, com a morte de Eduardo IV em 1483,
Após um misterioso desaparecimento de seus herdeiros ainda crianças, Ricardo, o Duque de Gloucester e tio mais novo do rei acabou herdando o trono. Obviamente tal sucessão passou a ser amplamente questionada, aspecto que abriu caminho para a retomada do único herdeiro da casa de Lancaster, o exilado Henrique Tudor, à velha disputa pelo trono inglês.
Em 1485, este desembarcou na Inglaterra com mais de 5 mil homens, que foram capazes de vencer o grande exército de 10 mil homens de Ricardo III. Henrique Tudor foi coroado como Henrique VII e finalmente colocou fim à Guerra das Rosas ao se casar com Isabel de York, unificando as duas famílias sob a forma única da dinastia Tudor.