A Guerra da Coreia surgiu a partir da violação do acordo do paralelo 38.
Após a Segunda Guerra Mundial, o antagonismo existente entre Estados Unidos e União Soviética era algo notório. Em 1945, os dois países firmaram um acordo que definiu sistemas políticos opostos em um importante e estratégico país na Ásia: a Coreia.
Conforme havia sido estabelecido na Conferência de Postdam, a parte norte da nação coreana seria de orientação socialista, enquanto a parte sul, capitalista. Ainda segundo os termos do tratado, as Coreias seriam divididas pelo paralelo 38º. Nessa divisão, podemos observar claramente a bipolaridade da Guerra Fria: sul (apoiado pelos EUA) x norte (apoiado pela URSS).
Em 25 de junho de 1950, tropas da Coreia do Norte invadiram e tomaram a capital da Coreia do Sul, Seul, sob o pretexto de violação de tal paralelo. No fundo, os comunistas queriam unificar todo o território em prol de seu sistema político.
No mesmo dia, vários países do mundo se reuniram na ONU para discutir tal agressão. Assim, graças também ao fato de a União Soviética não estar presente em tal reunião, a invasão foi considerada ilegítima. Desta forma, as tropas das Nações Unidas, sob a liderança dos Estados Unidos, entraram no conflito e foram bastante efetivas. Além de expulsarem os norte-coreanos da Coreia do Sul, as forças da ONU foram capazes de conquistar a capital da Coreia do Norte, Pyongyang.
Em função disso, a China, que também tinha um regime comunista, acabou se sentindo ameaçada pelas pretensões norte-americanas. Assim, os chineses também entraram no conflito e apoiaram os norte-coreanos. A entrada da China deu um significativo equilíbrio à guerra, até que os Estados Unidos decidiram partir para a procura por uma solução diplomática. Em 1953 foi assinado o Armistício de Panmunjon, acordo que restabelecia os limites das Coreias e que foi capaz de dar fim aos intensos conflitos na região.
A Guerra da Coreia resultou na morte de cerca de três milhões e meio de pessoas.
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