O comércio marítimo era a principal atividade econômica da civilização fenícia.
Os fenícios eram povos de origem semita que habitavam uma estreita faixa de terra localizada na região das montanhas do Líbano e o mar Mediterrâneo, entre 1500 a.C. e 300 a.C . Devido ao fato de habitarem uma região montanhosa, aspecto que dificultava o desenvolvimento da agricultura, souberam utilizar muito bem sua posição geográfica favorável e fazer do comércio marítimo sua principal atividade econômica.
De fato, a civilização fenícia não possuía uma hegemonia política, de forma que cada cidade-estado era independente militar, política e economicamente, algo semelhante ao que havia na Grécia Antiga. As cidades-estado frequentemente disputavam rotas comerciais umas com as outras, entravam em conflito e constituíam alianças. O comércio marítimo fez com que os fenícios tenham se tornado os maiores navegadores de toda a Antiguidade. Tais povos tiveram contato com cidades gregas e egípcias, além de tribos litorâneas desde a África até a Península Ibérica.
Em virtude da necessidade de facilitar as trocas comerciais, os fenícios desenvolveram o primeiro alfabeto fonético da história, composto por 22 letras. Este acabou sendo o principal legado deixado por tais povos, já que serviu de base para a criação dos alfabetos grego e latino, amplamente usados pelo mundo ocidental hoje em dia. E foi justamente pelo fato de terem sido os maiores comerciantes de sua época que o alfabeto fenício acabou sendo difundido por todo o Mediterrâneo, já que tal sistema de escrita era levado ao longo das rotas comerciais.
Na civilização fenícia predominava o politeísmo, isto é, o culto a vários deuses, muitos deles provenientes das culturas de seus vizinhos. A religião fenícia influenciou consideravelmente os gregos, já que a própria divisão de seus principais deuses (Zeus, Hades e Poseidon) aparentemente foi inspirada nas divindades fenícias Baal, Mot e Yam.