Luís XIV da França, o expoente máximo do Absolutismo.
A partir da Baixa Idade Média, a Europa começou a passar por significativas transformações sociais, econômicas, políticas e culturais. O renascimento comercial permitiu a criação de uma burguesia forte. Entretanto, as raízes do modelo de organização feudal eram óbvios empecilhos aos interesses dos burgueses. Além disso, durante a Alta Idade Média, o poder dos reis era, na prática, semelhante ao dos senhores feudais. Estas duas situações resultaram em uma espécie de aliança entre rei e burguesia: esta pagava impostos àquele e em troca recebia sua proteção.
Tal aliança levou à criação gradual das monarquias nacionais, ou seja, países com idiomas próprios, territórios e moedas definidas. A formação das monarquias nacionais foi essencial para o enriquecimento ainda maior da burguesia e para o aumento da arrecadação de impostos para os monarcas.
Além disso, a expansão marítimo-comercial permitiu que os reis obtivessem grandes tesouros, o que tornou seus poderes maiores ainda. Vale lembrar também que nesta época a Igreja se encontrava enfraquecida pela Reforma Protestante. Todos estes fatores foram decisivos para a criação do absolutismo, ou seja, um sistema de governo no qual os reis têm um poder universal, acima de todos os grupos sociais.
Vários pensadores procuraram justificar essa ideia do poder concentrado nas mãos dos monarcas. Thomas Hobbes, por exemplo, defendia que os homens seriam violentos por natureza e que somente um soberano forte e poderoso poderia protegê-los uns dos outros. Tais teorias foram utilizadas pelos monarcas europeus para defender toda a lógica do sistema. Entre os principais reis absolutistas, podemos citar Henrique VIII (Inglaterra), Elizabeth I (Inglaterra) e Luís XIV (França), conhecido por sua célebre frase “O Estado sou eu!”.
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