Tenentismo

Tenentismo
Um retrato do Tenentismo: líderes do movimento após a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, 1922.

Pode-se dizer que no início da década de 20, durante os últimos anos da República Velha, o sistema político dominado pelas elites oligárquicas dava os primeiros sinais de decadência, uma vez que grande parte da população brasileira, especialmente a classe média urbana, passou a questionar tal realidade e a buscar uma maior participação dentro do processo político do país.

Uma classe pertencente a esta população urbana em ascensão era a dos tenentes, militares de baixa e média patente do Exército Brasileiro. Influenciados por ideais liberais, estes acabaram iniciando um movimento de caráter político-militar contra o sistema político vigente: o Tenentismo.

Embora não declarassem uma ideologia, os objetivos dos militares eram claros: queriam um processo eleitoral mais justo, baseado no voto direto, secreto e no fim do voto de cabresto, maiores liberdades aos meios de comunicação, maior autonomia às autoridades do Judiciário, além da moralização do Legislativo.

A primeira ação do Tenentismo se deu em 1922, na chamada Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, conflito que eclodiu após a derrota do candidato apoiado pelos liberais, Nilo Peçanha, e a vitória do candidato das elites oligárquicas Artur Bernardes. Dois anos depois, em 1824, surgiu outro movimento de caráter militar simultaneamente nos Estados do Rio Grande do Sul e São Paulo. A Coluna Prestes foi uma espécie de guerrilha que percorreu mais de três mil quilômetros combatendo tropas do governo e espalhando a ideia de uma alteração radical na estrutura política do Brasil.

Embora o Tenentismo não tenha resultado em mudanças políticas de imediato, o movimento foi importante para abrir caminho para a posterior Revolução de 30, a qual foi capaz de pôr fim à República Velha.

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