Guerra do Peloponeso

Guerra do PeloponesoA Guerra do Peloponeso foi um conflito sem precedentes para sua época.

A Guerra do Peloponeso foi um conflito entre as duas maiores cidades-Estado gregas, Atenas e Esparta. Ocorrida entre 431 a.C e 404 a.C, trata-se de uma das maiores guerras da Antiguidade, uma vez que acabou envolvendo praticamente todos os Estados gregos e resultou em um número sem precedentes de homens, armas e recursos consumidos.

Após o fim do confronto com os persas durante as Guerras Médicas, o poder e a influência de Atenas ficou ainda maior. De fato, sua liderança na recém-criada Confederação de Delos lhe permitia impor sua vontade sobre as outras regiões, garantindo o domínio sobre o comércio no mar Egeu. Diante desta postura hegemônica ateniense, Esparta e outras cidades gregas logo trataram de criar sua própria aliança militar: a Liga do Peloponeso, aspecto que trouxe tensões cada vez maiores entre os dois lados.

O início da Guerra do Peloponeso se deu a partir do momento em que a colônia da Córcira, pertencente à cidade de Corinto e aliada dos espartanos, resolveu se rebelar, tendo inclusive conseguido apoio do lado ateniense interessado em expandir suas redes comerciais. Desta forma, Corinto, Esparta e todas as outras cidades da Liga do Peloponeso declararam guerra a Atenas e suas aliadas da Confederação de Delos.

Os primeiros anos do conflito foram marcados pelo equilíbrio entre os dois lados e o desgaste generalizado de todas as partes, realidade que resultou na assinatura do Tratado de Nícias, o qual deveria garantir a paz durante cinquenta anos. No entanto, tal acordo acabou não sendo respeitado e em 415 a.C o general ateniense Alcibíades novamente liderou um movimento de oposição aos espartanos, o qual não alcançou êxito.

A superioridade militar de Esparta proporcionou sua vitória definitiva na Guerra do Peloponeso em 404 a.C, garantindo sua ascensão como principal cidade-Estado grega. Além desta, outra importante consequência do conflito foi a decadência das cidades perdedoras, que mesmo assim se mantiveram independentes do modelo espartano. Tal realidade permitiu que o rei macedônio, Filipe II, tenha se aproveitado da situação e conquistado tais territórios durante o século IV a.C.

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