‘O Congresso de Viena’, Jean-Baptiste Isabey, 1819.
Ao longo da Era Napoleônica, a Europa passou por significativas mudanças políticas, uma vez que o império de Napoleão Bonaparte compreendia a maior parte do continente europeu. Após sua prisão e o restabelecimento da monarquia na França, as grandes potências europeias se reuniram no chamado Congresso de Viena, ocorrido entre setembro de 1814 e junho de 1815, para discutir como iria ficar o novo mapa político da Europa.
Tal convenção foi encabeçada por Inglaterra, Prússia, Rússia e Áustria. A primeira e mais óbvia alternativa era a de cada país anexar uma parte da França. Entretanto, o ministro francês Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord propôs o Princípio de Legitimidade, o qual sugeria que as nações retomassem apenas os territórios perdidos para o império napoleônico, de forma que a França não fosse prejudicada, ideia que acabou sendo aceita pelos demais representantes europeus.
Mesmo assim, a nova divisão favoreceu consideravelmente as nações mais fortes. A Inglaterra, por exemplo, ganhou pontos de acesso à Índia e às Antilhas. Já a Rússia incorporou a Finlândia e a Polônia. Outro importante fator relacionado ao Congresso de Viena foi a formação da Santa Aliança. Tal organização, proposta pelo czar russo Alexandre I, era formada por Prússia, Áustria e França. Seu objetivo principal era a manutenção das monarquias e a luta em conjunto contra toda espécie de movimento de caráter liberal e nacionalista que eventualmente surgisse.
No entanto, a Santa Aliança não pôde frear o avanço das ideias iluministas, que nesse momento já haviam sido disseminadas por toda a Europa e até mesmo pela América, instigando movimentos de independência das colônias. Além disso, a Inglaterra não via a organização com bons olhos, uma vez que quanto mais países independentes houvesse, maior seria seu número de clientes.
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