História do Balão

Acredita-se que foram os chineses os primeiros a descobrirem o conceito do balão: durante o século III a.C., tais povos soltavam pequenos balões de ar quente como forma de sinalização em batalhas e conflitos militares. Entretanto, se pudermos apontar uma única pessoa responsável pela criação dos balões como conhecemos hoje em dia, inclusivo como possíveis meios de transporte, essa pessoa seria o padre jesuíta Bartolomeu de Gusmão, também conhecido como o “padre voador”.

Nascido no Brasil e encantando com a ciência, o padre ficou famoso pelas suas inúmeras invenções, realidade que o fez ser conhecido como o “primeiro cientista brasileiro”. De fato, Bartolomeu de Gusmão iniciou uma série de estudos acerca dos aeróstatos (objetos que voam pelo fato de serem mais leves que o ar) e logo concebeu a ideia do balão, propondo a apresentação de sua “máquina de voar” perante a corte portuguesa.

Após duas tentativas fracassadas (na primeira delas o balão pegou fogo), o padre finalmente conseguiu mostrar perante toda a Casa Real o potencial de sua invenção: o balão foi capaz de voar por mais de um quilômetro, desde o Castelo de São Jorge até o Terreiro do Paço, em Lisboa. Tal realização deixou todos bastante impressionados, realidade que levou o rei D. João V a oferecer grande apoio ao inventor, inclusive proibindo todos de interferirem ou tentarem copiar suas ideias, sob pena de morte.

No entanto, o balão de Bartolomeu não era tripulado. Tais tipos de aeróstatos foram desenvolvidos mais tarde, em 1783, pelos irmãos franceses Jacques e Joseph Montgolfier. Também em uma apresentação perante o rei Luís XVI, seu balão foi capaz de andar 9 quilômetros, com dois tripulantes. Tal realização foi bastante importante para a assimilação dos princípios básicos da navegação aérea e o posterior desenvolvimento de outros tipos de aeronaves.